1968
As primeiras Bienais de Design realizadas no Brasil – em 1968, 1970 e 1972 – foram iniciativa de professores da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) da cidade do Rio de Janeiro, e apresentavam produtos nacionais e estrangeiros caracterizados pelo ideal da boa forma. Elas foram realizadas no Museu de Arte Moderna (MAM) no Rio de Janeiro e organizadas pelo Instituto de Desenho Industrial (IDI).
A edição inicial ocorreu em 1968, sendo esta a primeira grande exposição de design produzida em nosso país. Batizada de “Desenho Industrial 68 – Bienal Internacional do Rio de Janeiro”, a mostra foi dedicada ao design de produto e à comunicação visual e tinha uma representação nacional e participações estrangeiras.
Para a representação nacional, foram selecionados dez trabalhos de planejamento de produtos como utensílios pessoais, mobiliário, aparelhos médicos e científicos e veículos urbanos. Na área de programação visual, foram exibidos desde embalagens até identidades corporativas completas. Com curadoria geral dos designers Carl Heinz Bergmiller e Goebel Weyne. A representação nacional teve a participação de recém-formados dos dois núcleos fundadores do ensino do design no país, a Escola Superior de De-senho Industrial (ESDI) do Rio de Janeiro e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo, além de designers com formação no exterior, arquitetos e designers autodidatas.
A representação estrangeira teve como curadores Arthur Lício Pontual e Norman Westwater, os quais selecionaram contribuições dos países convida-dos: Estados Unidos, Gra-Bretanha e Canadá.
Seis instituições assinaram o evento de 1968: Ministério das Relações Exteriores, Museu de Arte Moderna, Escola Superior de Desenho Industrial, Associação Brasileira de Desenho Industrial, Fundação Bienal de São Paulo e Confederação Nacional da Indústria.
1970
Assim como a edição de 1968, o evento foi planejado pela equipe do IDI MAM – Instituto de Desenho Industrial e realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Bienal “Desenho Industrial 70” incluiu, às representações nacional e estrangeira, uma área atribuída às escolas de design e uma mostra de trabalhos participantes do concurso patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Um dos setores da exposição foi dedicado à discussão de assuntos relativos à formação profissional dos designers e a mostra de trabalhos acadêmicos realizados por alunos da graduação da ESDI e da FAU-USP.
Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia foram representados com mostras e curadorias diferentes, exibição de equipamentos domésticos, produtos de uso pessoal, ferramentas, máquinas, maquinário agrícola, equipamentos para escolas, hospitais e transporte. O setor didático e o setor estrangeiro da “Desenho Industrial 70” foram posteriormente exibidos no Museu de Arte de São Paulo (MASP) e no Palácio Buriti, em Brasília.
1972
O evento “Desenho Industrial 72” contou com 45 projetos nacionais, os quais evidenciavam a ampliação do campo de atuação do designer e o aumento do número de profissionais formados no Brasil. O “Desenho Industrial 72” foi uma inciativa do IDI MAM – Instituto de Desenho Industrial do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Escritórios mostraram projetos de design gráfico e de branding, indo de novas moedas a vinhetas para televisão, passando por cartazes e sinalização pública. Em produtos, foram apresentados louças sanitárias, mobiliário, cadeiras executivas e projetos de vagões de metrô, além de flash fotográfico e barbeador masculino.
A ESDI participou com duas exposições uma sobre o universo do trabalho e outra sobre Sinalização Urbana e sua problemática. Suíça e Alemanha foram os países convidados, a Alemanha apresentou uma seleção de produtos premiados pelo prêmio da Boa Forma entre os anos 1969 e 1972, em que figuraram pela primeira vez produtos da empresa Braun, que pouco tempo depois se instalaria no país.
As bienais de 1968, 1970 e 1972 foram tema da exposição “Bienais de Design: Primórdios de uma ideia”, organizada na Bienal Brasileira de Design 2010 Curitiba, com curadoria de Freddy Van Camp.
1990
Em 1990, quase duas décadas após a anterior, realizou-se em Curitiba uma nova Bienal Brasileira de Design. Impulsionada pela grande movimentação dos designers em congressos e reuniões pela regulamentação da profissão, ela foi organizada por Ivens Fontoura, participante ativo das articulações da categoria profissional, professor e na época coordenador de museus do Estado do Paraná.
Um Conselho Diretor foi montado com representantes da Associação Nacional dos Designers (AND-BR), representada pela Associação Profissional dos Designers do Paraná (APD-PR), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial (LBDI) e Associação Brasileira de Ensino de Design (ABEnD), representada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Com o objetivo de “traçar o perfil do design brasileiro na década de 90”, a Bienal foi dividida em duas modalidades: a Série Produto, direcionada aos objetos produzidos no país; e a Série Projeto, voltada ao meio acadêmico.
Na Série Produto, uma comissão de indicação foi constituída por 45 designers de todo o país, responsáveis por sugerir um produto em cada uma das 30 categorias elevadas. No total, foram indicados 229 produtos referentes a 163 empresas ou instituições brasileiras. Esse universo foi analisado por uma comissão que premiou 27 produtos com o Selo de Excelência da Bienal. A Série Projeto caracterizou-se como um certame entre as instituições de ensino superior de design do país, a partir do tema do uso do papelão ondulado.
As duas séries compuseram a exposição principal, que ocupou os 650 m² do saguão do Palácio do Governo do Estado do Paraná, em conjunto com sala especial dedicada ao designer Aloisio Magalhães, organizada por Joaquim Redig.
Além delas, foram realizadas sete exposições: “Um Século de Indústria e Comércio no Paraná: 1890-1990”, no Solar Leão Júnior; “Design Gráfico e Industrial 90”, na UFPR; Design Industrial 90, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná; “Desenho Industrial 90”, no Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná; “25 Anos de Design IPPUC”, na Galeria Schaffer; “Design LBDI”, na sede da Bienal; e “Mostra Gráfica Brasil 89”, no Museu Municipal de Arte.
1992
Em 1992, seguiu-se outra edição da Bienal Brasileira de Design em Curitiba, dessa vez no Edifício Castelo Branco, atual sede do Museu Oscar Niemeyer, também sob a direção de Ivens Fontoura. Foram repetidas as séries Produto, com uma comissão de indicação e outra de premiação, e Projeto, que teve como tema “Design para Zonas de Emergência”, com o objetivo de estimular a participação do estudante na solução de problemas causados por catástrofes. Mantendo a ideia da edição anterior, a mostra de 1992 teve uma sala especial dedicada a um designer, desta vez a Joaquin Tenreiro.
Também foram realizadas as exposições “Produção Estudantil Cefet 91/92”, no Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná; “Designers da Duomo”, na Sala D Espaço Boticário; “Designers da APD” no Museu de Arte Contemporânea do Paraná; “Excelência Gráfica Abigraf”, no Teatro Guaíra; “30 Cartazes para o Meio Ambiente Rio 92”, com curadoria de Felipe Taborda, no Teatro Guaíra; “Coca-Cola 50 Anos com Arte,” na Secretaria de Estado da Cultura; “Expo ADG 90/92”, no Espaço Cultural IBM; e “Escolas de Design do Brasil em Revista”, na Universidade Federal do Paraná. Durante o período da Bienal houve o Encontro de Escolas de Design do Brasil e a 1ª Oficina Nacional para Estudantes de Design.
A falta de apoio interrompeu a sequência das bienais em Curitiba e outro hiato se passou após 1992. O Memorial Brasileiro do Design, que havia sido montado no Palácio Iguaçu tão logo terminara a exposição principal da Bienal de 1990, reunindo o acervo dos projetos premiados, não chegou a durar sequer uma década.
As edições de 1990 e 1992 foram tema da exposição “Bienais de Design: Primórdios de uma Ideia”, organizada na Bienal Brasileira de Design 2010 Curitiba, nessa parte com curadoria de Ivens Fontoura.
2006
O desejo de fazer uma bienal exclusiva para o design voltou a ser gerenciado em 2004 pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que “busca contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, através do aumento da competitividade do país”.
A primeira Bienal Brasileira de Design nessa nova fase aconteceu em 2006, em São Paulo, na Oca (Pavilhão Lucas Nogueira Garcez), do Parque Ibirapuera. A direção foi do MBC, com Fernando Mattos na direção executiva e Liliane Rank na coordenação geral. A curadoria-geral coube a Fábio Magalhães, crítico e historiador de arte e design e gestor cultural; e a curadoria-adjunta, ao professor Auresnede Pires Stephan.
Os 8 mil metros quadrados do prédio criado por Oscar Niemeyer foram ocupados por quatro exposições: “Nosso saber fazer”, voltada para a produção artesanal, com curadoria de Joice Joppert Leal; “Um olhar sobre a história do design brasileiro”, da mesma curadora, com um histórico do design dos anos 1920 a 1990, década a década; “Produção contemporânea”, curadoria de Marili Brandão, Ricardo Scura, Chico Homem de Mello, Christian Ullman e Fábio Mestriner; e “Charlotte Perriand”, que leva o nome da importante designer francesa, essa exposição foi realizada em parceria com o Centro George Pompidou e com curadoria de Marie-Laure Jousset, a então diretora do departamento de design do Centro.
A Bienal de 2006 apresentou ao todo cerca de 600 produtos e recebeu 35 mil visitantes. Foi documentada num catálogo de 270 páginas. O projeto de arquitetura foi assinado por Haron Cohen, projeto gráfico pela Homem de Melo e Troia Design e a produção geral pela Arte 3, liderada por Ana Helena Curti.
A ação educativa recebeu a visita de grupos oriundos de escolas de design, empresas e escritórios. Houve uma missão de jornalistas internacionais promovida pela Apex Brasil e Abedesign. Entre as ações paralelas, destacam-se o Seminário Design e Competitividade, palestras, debates e lançamentos de livros. A Bienal foi realizada simultaneamente à São Paulo Design Week, à 8ª. Edição da Bienal Brasileira de Design Gráfico no Memorial da América Latina e à exposição Santos Dumont Designer no Museu da Casa Brasileira. Foi disponibilizado transporte gratuito aos visitantes realizando um circuito de design na cidade de São Paulo.
2008
Atendendo à intenção dos organizadores de itinerar o evento pelo país, a segunda edição da Bienal Brasileira de Design em sua nova fase aconteceu em Brasília. A realização coube ao Movimento Brasil Competitivo, ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e ao Governo do Distrito Federal. A direção executiva coube a José Fernando Mattos.
O Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, projeto de Oscar Niemeyer na monumental Esplanada dos Ministérios, abrigou cinco exposições, sob a curadoria-geral de Fábio Magalhães e a curadoria-adjunta de Auresnede Pires Stephan. Ambos assinaram a exposição principal, com projetos vindos de designers de várias partes do país e com um módulo em homenagem a Niemeyer e outro a Millôr Fernandes.
José Alberto Nemer foi convidado para a curadoria da exposição “Design popular”, com projetos vernaculares. Adélia Borges se encarregou da mostra “Bornancini & Petzold”, uma homenagem aos dois gaúchos que foram os pioneiros do design industrial no país. “Made in Italy 1978-2008” teve a curadoria do italiano Vanni Pasca, e o também italiano Enrico Morteo se responsabilizou por “Roberto Sambonet – From Brazil to design”, a respeito do designer milanês que teve fortes vínculos com o Brasil. Ao todo, foram exibidas 1.200 peças, de vários segmentos produtivos.
Além das exposições, foram realizados seminários em parceria com a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Clínicas de Design, orientadas com o intuito de promover a interação entre designers e empresas, desenvolvidas com o SENAI Nacional. O Projeto Imagem, realizado em parceria com a Apex-Brasil, convidou jornalistas estrangeiros especializados para divulgar o design brasileiro na imprensa internacional.
Um amplo programa de ação educativa orientou monitores para acompanhamento do público de estudantes. A mostra recebeu 40 mil visitantes. Foi documentada num catálogo de 254 páginas, com edições separadas em português e inglês. O projeto de arquitetura foi assinado por Pedro Mendes da Rocha, o projeto gráfico pela Homem de Melo e Troia Design e a produção geral pela Arte 3, liderada por Ana Helena Curti.
Uma votação popular elegeu as peças destaque da Bienal por meio do hotsite do evento. A exposição sobre Roberto Sambonet posteriormente foi apresentada no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo.
2010
Após 2008, foi instituído o Comitê de Orientação Estratégica da Bienal Brasileira de Design (COEB). Sob a liderança do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o mesmo reúne órgãos públicos, entidades priva-das e instituições do terceiro setor, e além de ser a instância para o recebimento de candidaturas de interessados em realizar a Bienal e deliberar sobre quem será o executor, garantindo assim a unidade e continuidade do evento. Em 2010, o então Centro de Design Paraná (hoje transformado no Centro Brasil Design) e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) foram os vencedores dessa concorrência e viabilizaram a ida da Bienal para Curitiba, responsabilizando-se por sua realização.
Pela primeira vez foi instituído um tema para o evento, e a escolha recaiu na questão da sustentabilidade. O objetivo era refletir sobre como projetar, produzir e consumir bens, satisfazendo as demandas do mundo atual, sem comprometer o futuro do planeta.
Com curadoria-geral de Adélia Borges, a Bienal abrangeu nove mostras realizadas em seis espaços expositivos. O Pavilhão Horácio Coimbra/ CIETEP abrigou a mostra principal da Bienal, “Design, inovação e sustentabilidade”, com 250 projetos de quase todos os estados do país; “Memória da Indústria: O caso da Cimo”, em que a curadora Angélica Santi contou a experiência dessa empresa, um marco divisor entre a herança artesanal e o início da produção seriada no Brasil; “Bienais de design: Primórdios de uma ideia”, em que se recuperou a história das primeiras bienais de design realizadas no Brasil, com curadoria de Freddy Van Camp e Ivens Fontoura; “Novíssimos”, com projetos concebidos por estudantes ou recém-formados de 27 instituições brasileiras de ensino superior de design, com curadoria de Ivens Fontoura; e finalmente a exposição dinamarquesa “It’s a small world”, que problematizava o tema da sustentabilidade, com curadoria de Tina Midt-gaard, Karen Kjærgaard e Kjersti Wikstrøm.
O Museu Oscar Niemeyer apresentou “Reinvenção da matéria”, sobre matérias-primas brasileiras que conjugam a inovação e a sustentabilidade. O Memorial de Curitiba sediou “Design urbano: Uma trajetória”, em que o arquiteto, urbanista e administrador público Jaime Lerner mostrou sua experiência de quase meio século em design urbano. Já a Universidade Positivo ofereceu “Memória do design no Paraná”, com curadoria de Antonio Razera Neto e Renato Bertão.
A Bienal transbordou o campo habitual dos espaços expositivos institucionalizados para se localizar também em espaços públicos com alto afluxo de pessoas. O Jardim Botânico e o Parque Barigui abrigaram a exposição de cartazes “Sustentabilidade: E eu com isso?”, com curadoria de André Stolarski e Rico Lins.
Nas ações educativas, mais de 600 professores do ensino fundamental foram capacitados e repassaram as informações a seus 15 mil alunos, que receberam material didático para debater em sala de aula. Ao todo, 59 instituições de ensino visitaram as exposições, guiadas por monitores, totalizando cerca de 3.500 estudantes do ensino fundamental nas mostras da Bienal.
Um seminário internacional teve 21 conferencistas brasileiros e estrangeiros e a presença de 600 participantes de 17 estados de todas as regiões do país, abrangendo cerca de 80 cidades brasileiras. Mais de 20 ações culturais paralelas foram realizadas na cidade.
Em razão da soma de atividades e especialmente da realização de exposições nos parques, o número de visitantes subiu para 361 mil pessoas. Foram editados dois catálogos, um de 384 páginas e outro de 262 páginas. Os catálogos e textos expositivos foram bilíngues, em português e inglês. A exposição principal foi registrada também em vídeo.
A exposição de cartazes “Sustentabilidade: e eu com isso?” foi posterior-mente apresentada no Rio de Janeiro, na Rio + 20. Versões reduzidas da exposição “Design, inovação e sustentabilidade” foram apresentadas em Milão e num circuito de centros culturais ingleses nas cidades de Barnsley, Sleaford e Wimborne.
A coordenação geral foi de Letícia Castro, em conjunto com a equipe do Centro de Design Paraná. O projeto de arquitetura foi assinado por Pedro Mendes da Rocha, o projeto gráfico por Miran (Oswaldo Miranda) e a produção geral pela Arte 3, liderada por Ana Helena Curti.
2012
Diversidade brasileira foi o tema escolhido para a Bienal realizada em Belo Horizonte, em 2012. A realização coube ao Governo do Estado de Minas Gerais e à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), com co-realização do Sebrae. O coordenador geral local foi o designer Dijon de Moraes, também reitor da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG).
Com curadoria da crítica de design Maria Helena Estrada, a bienal mostrou expressões da cultura popular, da linguagem contemporânea do artesanato brasileiro, dos estágios de produção semi-industrial e industrial e exemplos de tecnologias de ponta. A mostra principal foi “Da mão à máquina”, no Palácio das Artes, reunindo a produção brasileira a partir do artesanato e chegando à indústria e à manufatura digital. Nesta edição estiveram presentes diversos segmentos ligados ao mobiliário, aos utensílios para a casa, à moda, às joias e meios de transporte, entre outros. Jorge Lopes foi curador adjunto de um módulo de impressão tridimensional. O Palácio das Artes sediou, também, a mostra “Prêmio Sebrae Minas Gerais”.
Outras mostras realizadas foram “Design de carros no Brasil: Inovações e rupturas”, curadoria de Paulo Nakamura, na Casa Fiat de Cultura; o “Prêmio Idea Brasil”, curadoria de Joice Leal, na Casa Fiat de Cultura; “Jovens designers”, curadoria de Auresnede Pires Stephan, na UEMG; “1 pessoa 10 cadeiras”, curadoria de Sérgio Lourenço, na Serraria Souza Pinto; “Petraaurum: A construção de uma identidade”, curadoria de Manoel Bernardes, no Museu de Artes e Ofícios; e Geração Casa Brasil, no Museu das Minas e do Metal, organização do Sindmóveis de Bento Gonçalves.
As ações acadêmicas incluíram o “4º Fórum Internacional Design como Processo”; e o seminário internacional “Design e Emoção”, 500 participantes, ambos com curadoria de Dijon de Moraes. A Open School, coordenada por Cristina Abijaode e Bernadete Teixeira, consistiu de vários eventos simultâneos caracterizados pelo intercâmbio de experiências entre instituições de ensino.
Entre as ações de conhecimento, estiveram o seminário “Módulo Design e Tecnologia”, coordenado por Maria Helena Estrada; mesas-redondas e palestras “1 pessoa 10 cadeiras”, coordenada por Sergio Lourenço; e o congresso internacional “Mob Design”, com coordenação de Joice Leal.
As ações de negócios englobaram o Seminário Internacional de Economia Criativa e Design, curadoria de Ana Carla Fonseca; e a Semana Apex Brasil, com coordenação de Marco Aurélio Lobo, que realizou um conjunto de palestras sobre design e moda, além de levar à Bienal jornalistas e compradores internacionais.
A cenografia da exposição principal foi assinada pelo Atelier Marko Brajovik e o projeto gráfico da Bienal coube à Greco Design. Essa Bienal não contou com catálogo, e sim com um relatório em publicação de 100 páginas, e uma edição da revista Arc Design dedicada ao evento, com 112 páginas. Duas ações interativas tiveram o propósito de ampliar e democratizar o acesso à bienal: um tour virtual da mostra principal e a escolha através do site do produto destaque.
As mostras apresentaram 730 produtos e contabilizaram 76.866 visitantes. As ações acadêmicas atraíram 2.510 participantes; e as ações de negócios, 1.067 participantes. Nas ações educativas, 1.917 estudantes de 43 escolas públicas visitaram as mostras. Dez países estiveram representados por palestrantes no evento.
2014
O COEB decidiu não realizar a Bienal seguinte em 2014 por ser um ano de eleições e Copa do Mundo, passando-a para 2015 e escolhendo Florianópolis como sede.
O plano estratégico de realização da Bienal Brasileira de Design em Florianópolis 2015 leva a assinatura da SCDesign e a sua realização está sendo coordenada pela FIESC e pelo Centro Design Catarina. A gestão do projeto é coordenada por Roselie de Faria Lemos que tem como adjuntos Bianka Cappucci Frisoni, Janaina Silva, Paula da Costa Gargioni e Sonei Turossi. O planejamento do evento foi construído com objetivo de levar o design para a rua, com um formato mais próximo ao de um Festival de design, fazendo a cidade respirar o espírito e as propostas estéticas, culturais e interativas das mostras.
A edição subsequente já tem local eleito: ocorrerá em Recife, em 2017, e estará a cargo do Centro Pernambucano de Design.